sábado, 21 de março de 2020

RAIMUNDO XAVIER FERNANDES


*dep. fed. RN 1955, 1958-1963, 1964, 1965-1967 e 1968.

Raimundo Xavier Fernandes nasceu em Moçoró (RN) no dia 6 de abril de 1908, filho de Francisco Xavier Filho e de Francisca Fernandes Xavier.
Formou-se em medicina e odontologia no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no ano de 1934, iniciando a carreira profissional em sua cidade de origem e depois em Natal. Em 1939, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, integrava uma caravana médica em viagem de estudos em Berlim, então capital da Alemanha. Devido a dificuldades de contato com os representantes diplomáticos brasileiros, deixou o país através da interferência da embaixada da Suécia. Depois de passar alguns dias em Estocolmo, seguiu para os Estados Unidos, onde se especializou durante um ano em otorrinolaringologia, em Washington e na Filadélfia. Regressando ao Brasil em 1940, dedicou-se à clínica particular no Rio de Janeiro, e no ano seguinte, após sua aprovação em concurso para o Ministério da Agricultura, passou a trabalhar na Policlínica dos Pescadores.
Em 1950, de volta a seu estado natal, ingressou na política, e, nas eleições de outubro de 1954, obteve uma suplência de deputado federal pelo Rio Grande do Norte na legenda da Aliança Social Progressista, formada pelo Partido Social Progressista (PSP), agremiação a que pertencia, e pelo Partido Social Trabalhista (PST). Exerceu o mandato de abril a junho de 1955 e depois disso foi nomeado diretor da Divisão de Organização Hospitalar do Ministério da Saúde, dirigindo sua atenção para o serviço de assistência aos mutilados em todo o país. Em 1957 representou o Brasil no Congresso Internacional de Hospitais, realizado em Lisboa. Nesse evento, apresentou um trabalho em colaboração com o professor Teófilo de Almeida sobre a história do hospital no Brasil.
Prometendo lutar pela recuperação da indústria salineira de seu estado, o reaparelhamento do porto de Areia Branca e a valorização da região de Moçoró, e contando ainda com o apoio dos deficientes físicos, cujo voto foi acusado de explorar durante a campanha eleitoral, no pleito de outubro de 1958 elegeu-se finalmente deputado federal pelo Rio Grande do Norte na legenda do PSP, obtendo 12% da totalidade da votação no estado. No mês seguinte retornou à Câmara, ainda como suplente, aí permanecendo durante toda a legislatura que se iniciou em fevereiro de 1959.
Em outubro de 1962, candidatou-se à reeleição na legenda da Cruzada da Esperança, composta pelo Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Democrata Cristão (PDC), mas conseguiu apenas uma suplência. Deixando a Câmara em janeiro de 1963, a ela retornou entre maio e outubro desse ano, em junho e de agosto a novembro de 1964, e ainda de fevereiro a março, de julho a outubro e a partir de dezembro de 1965. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao partido governista, a Aliança Renovadora Nacional (Arena). Nessa legenda obteve nova suplência em novembro de 1966, deixando a Câmara em janeiro de 1967. Tornou a ocupar uma cadeira de abril a julho e de setembro a 7 de novembro de 1968, quando veio a falecer em sua cidade natal.
Exerceu a presidência do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI).
Foi casado com Maria de Lurdes Porto Xavier Fernandes, com quem teve três filhos.


FONTES: CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (6); TRIB. SUP. ELEIT. Dados (3, 4, 6 e 8); VAITSMAN, M. Sangue.

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